domingo, 2 de junho de 2013

Risos, gargalhadas, danças e músicas...

Nos encontramos logo no primeiro dia de sua volta, junto de alguns amigos dele. De alguma forma e sem saber porque esperava muito por esse momento. Nos vimos todos os dias, mesmo que por pouco tempo. Foram dias de risos fáceis, de gargalhadas, de danças, de musicas, conversas e mais conversas das mais engraçadas até as mais sérias possíveis. Dias que há muito tempo não vivia, com sinceridade e alegria. No seu ultimo dia antes de retornar ao aeroporto, eu já sentindo falta daqueles dias, simples e especiais, ele passou na minha casa para se despedir de mim. Segundo ele, ele precisava disso. E essa despedida foi com um abraço apertado, longo, acolhedor, aquele abraço de que toda mulher gosta e sonha. E em seguida nos olhamos nos olhos fixamente por um longo tempo, e com certeza, nos agradecemos um ao outro por aqueles dias tão bem vividos e tão intensamente. E em um gesto de impulso os olhares grudados não bastavam mais, e nos beijamos de forma serena, tranquila, mas sincera. Não foi um beijo apaixonado, mas foi um beijo que acabou traduzindo tudo o que vivemos naqueles dias, e que de certa forma tudo estava acabando ali. Não dissemos mais nem uma palavra, não era preciso. Tudo estava dito, tudo estava certo, tudo estava registrado em nossos olhos, em nossos pensamentos e principalmente na nossa memória, nos nossos corações, mesmo sem nada dizer.
Revivi todos aqueles momentos vividos por horas e horas, deitada em minha cama, olhando pro teto sem conseguir dormir ou pensar em outra coisa. No fundo tentava entender tudo o que tinha acontecido, meu cérebro e meu coração, não estavam conseguindo assimilar os risos, as palavras, o bem estar daqueles momentos, com o beijo e agora a distancia que nos separava. Única conclusão que cheguei foi que tinha que guardar tudo aquilo como um tesouro dentro de mim, e seguir meus dias e minhas noites, mesmo que em claro, alimentando a esperança de que bons momentos ainda são possíveis de acontecer em nossas vidas, mas que talvez com ele não seria possível, não por agora.
Foi quando recebi sua mensagem dizendo que pra ele seu mundo parou no momento de nossos olhares grudados, do nosso beijo, do nosso “Obrigado”. E daí em diante meus dias foram desejar viver mais uma vez aqueles momentos de risos, musica, conversas, bem estar. De alguma forma, meu mundo acabou por parar naquela mensagem, pois poderia não ser naquela hora, mas porque não poderia ser ele?
Nos falávamos vez ou outra, quando dava. Mensagens simples, mas sempre demonstrando um ao outro o quanto queríamos viver aqueles dias novamente, dentro de sua simplicidade mas com sua riqueza própria inexplicável. A correria do nosso dia a dia, nos impedia o contato, mas não de lembrar a cada minuto a possibilidade que a vida colocara diante de nós.
O tempo demorou, mas passou. E ele voltou!
                Não revivemos os dias como aqueles que tínhamos vivido em sua ultima visita. Não! Definitivamente não vivemos! Vivemos muito mais que isso! Em seu retorno fizemos o nosso mundo que já não girava mais desde aquele beijo, girar novamente. O mundo era só eu e ele, e mais ninguém. Alias, era eu, ele e a nossa vontade de estarmos juntos novamente, com risos, gargalhadas, dança, musica, conversas, tudo aquilo que vivemos, mas só eu e ele, e com isso aqueles dias que tanto revivemos em nossas lembranças se tornaram pequenos, e a nossa vontade se tornou realidade.
Infelizmente ele se foi novamente, mas comigo ficou um sentimento lindo, aquele que eu pensei que já não existia mais. Sentimento que surgiu sem expectativa, sem modelos, sem padrões. Surgiu por empatia, por pureza, por valorizar a beleza escondida, e a ele chamei de amor.
Os dias se passaram lentamente, os meses pareciam não ter fim. Torcia pra que de alguma forma aqueles meses passassem um pouco mais rápido do que o normal, mas continuavam a se arrastar.
E depois de tanta ansiedade, de tanta espera, finalmente ele está de volta, estou em seus braços novamente e volto a respirar com mais facilidade. E olhando em seus olhos, consigo ver o mesmo sentimento, o mesmo alívio, nosso mundo voltando a girar novamente. E no beijo, matamos nossa sede, sede de amar, sede de nos sentir, sede de nós, sede da felicidade, sede de reviver, viver e reinventar nossos momentos de risos, gargalhadas, dança, musica, conversas. Ah...tudo isso que quando estamos juntos não tem fim, não tem explicação, e queremos sempre mais e mais e mais.
                Injustamente as horas voam, os dias disparam a se passar e com isso ele se vai novamente, e comigo fica o sentimento maior ainda do que se pode chamar de amor, e a saudade, a saudade a atormentar. Saudade do beijo, do cheiro, do olhar, do abraço, dos risos, gargalhadas, danças, musicas e conversas. Saudade dele, saudade do bem estar, saudade de ser feliz.
As horas se arrastam, a saudade pesa em cada quilometro que nos separa, e não são poucos. Os meses parecem ter virado anos, a saudade nos consome, mas fortalece cada vez mais esse sentimento que chamamos de amor, por não achar um nome mais forte ao que sentimos.
Falta pouco para sua chegada, e dessa vez sua chegada será definitiva. Meu coração dispara só de saber que ele chegará pela ultima vez, e ficará ao meu lado, sem partida, sem saudade, somente a realidade. Não sonharemos mais com o momento de estarmos juntos novamente, e sim viveremos a realidade de nosso amor, de risos, gargalhadas, danças, músicas, conversas e sem despedidas, todos os dias.
E ele chega! E traz em seus olhos a alegria do nosso reencontro, de nosso amor real, de sua ultima chegada, da certeza que nosso mundo ficará a girar e não mais vai parar em nossas despedidas.
Agora a vontade de quero mais, o amor, o amor maior, a saudade atormentadora,  se transformam em certeza, a certeza de um sentimento de paz, de união, de encontro de almas e não apenas de dois corpos. Os risos, as gargalhadas, as danças, as musicas e as conversas se tornam parte de nosso dia a dia. Sempre antes de dormir nos olhamos nos olhos como a primeira vez, onde não precisamos de palavras, gestos, mímicas, nada! Somente dos nossos olhos um no outro, e nada mais. Vemos um no outro o sentimento que chamam de amor, mas que pra nós ainda buscamos outro nome, pois é mais que isso. Um amor inexplicável e imensurável é o que mais se aproxima do que sentimos. Sentimento esse, que foi construído de forma pura, sem padrões, sem interesses, apenas por ser quem é um para o outro, amigos, fieis, sinceros, unidos pela nossa transparência quando estamos juntos, por quem somos e não pelo que aparentamos ser, por nossa essência, sem pudor, sem mascaras, enfim, ligados pelas nossas almas.
Em uma de nossas danças, com nossa musica preferida ao fundo, em meio a gargalhadas e risos, conversamos a respeito do tempo, do tempo que foi necessário para que nos olhássemos da forma que nos olhamos, e nos perguntamos: “Será que esse tempo todo nos conhecendo, mas distantes pelas circunstancias da vida, foi um tempo que perdemos de sermos tão felizes como somos hoje?”. E concluímos que não. Esse tempo foi providencial, para termos maturidade e sabedoria para saber ler esse olhar que nos acompanha até hoje, e que esse olhar precisava dos risos, das gargalhadas, das danças, musicas e conversas em nossas memórias, em nossa saudade, para hoje podermos dar valor e viver cada um dos dias que vivemos um ao lado do outro como se fosse único, e mais especial que o dia anterior.
Hoje comemoramos cada dia que amanhecemos ao lado um do outro. E trazemos dentro de nós a certeza da duvida que atormentava nossas cabeças, a certeza de que todo mundo merece e será feliz um dia, a certeza de que por mais que não pareça o amor ainda existe entre duas pessoas e o melhor, ele pode acontecer pra você quando você menos esperar e com que você menos espera!